Eu sempre largo os meus escritos pra lá simplesmente porque
a vida me arrasta para a manutenção da sobrevivência e eu tenho que correr de
lá pra cá igual barata tonta pra pagar as contas. Às vezes parece que o bom dia
teria que ter no mínimo 36 horas. E tá aí uma boa meta para 2017. Focar mais
ainda de forma que eu usufrua do luxo de ter mais tempo pra escrever e
refletir.
Na verdade, eu não escrevo, mas tenho pensado um bocado.
Muito se falou de 2016, desse ano tão pesado que parece que
só veio como piora de um 2015 mal traçado e organizado. Mas a verdade é que, no
fundo, eu pessoalmente só tenho a agradecer. Apesar das coisas ruins que
aconteceram na minha família, eu só posso dizer que: poderia ser muito pior.
Então, eu, hoje, prefiro ficar com a parte boa e agradeço aos céus por me
deixarem mais tempo junto aos meus. A vida é um sopro. Tivesse o destino
soprado prum outro lado, agora eu estaria passando uns dos piores fins de ano da
minha vida. No entanto, tá todo mundo aí, vivo, bem, vestindo branquinho e curtindo
o Reveillon. Não tenho nada do que reclamar. Não tenho direito algum de
reclamar. Se 2017 for igual, já jogo as mãos pros céus.
A Torre de 2016 foi muito clara para todos. Tudo que estava
para ruir ruiu. Tudo que estava pra terminar terminou. Ilusões de anos foram
desfeitas. As fichas caindo. E até mesmo aqueles que se encontravam mais
seguros (os funcionários públicos, por exemplo) viram a Terra ruir sob seus
pés. Tudo isso é imagem da Torre. Foi um ano de grandes decepções. Eu vivi
várias. No profissional, no amor... nada nada nada foi como eu imaginava que
seria. Nada. Então, entendo como muitos estão se sentindo. Foi tanta bola na
trave que realmente dá para ter uma depressãozinha, vai? Dá.
Hoje, graças a Deus... estamos no último dia desse 16, XVI,
estamos partindo com muito mais fé e esperança para a Estrela, o 17, XVII. No
entanto, não podemos nos enganar e sermos bobocas demais achando que a partir
de agora tudo vai dar certo, que seria o lado negativo desta carta. E também
não podemos esquecer que a Estrela também é carta kármica e que continuaremos
sob seu jugo em 2017. Já se fala da previsão de grandes partidas coletivas, de
muita morte e passagem entre mundos para o ano que vem. Vamos acompanhar.
Depois de tanta derrodacada, amigos, depois de tantas
finalizações, só nos resta recomeçar. E a Estrela simboliza isso. Esses recomeços.
A Torre pôs tudo no chão. É hora de reerguer tudo de novo. A Estrela traz sim
com ela a Luz do alto que nos alimenta com a força necessária para prosseguir.
Vamos focar na luz. Porque a Torre trouxe à tona sombras demais. Nossas e dos
outros também. Com certeza, você enxergou coisas bem feias que antes não
enxergava. Mas sair da ilusão, apesar de dolorido, é libertador. Melhor
trabalhar com a verdade, com o que sabemos ser real, naquilo que podemos
confiar.
Usemos o lado bom da Estrela para seguir e nos encontrarmos.
Precisamos acreditar em algo. Nos apegar a essa Esperança, mesmo que ela seja
boba, para podermos dar mais passos. É essa luz no fim do túnel que ainda nos
empurrará pra frente. Começou tudo de novo. Em breve (quando virarmos pra Áries) começará um novo ano
astrológico e veremos as novas cores desta nova fatia de tempo que chamamos
ano. E, como diz aquele poema que não é de Drummond, que bom que teve alguém
genial que resolveu cortar o tempo em fatias. Assim, podemos ter força e
energia para começar tudo de novo.
Feliz Ano Novo, com as bênçãos da Estrela para todos e todas
vocês!
Bela Medeiros
(P.S – Em algum momento escreverei sobre a redução dos
números (16 = 1+6 = 7 e 17 = 1+7 = 8), o que seria o caminho do Carro para a
Justiça. Além é claro, da energia do Mago (2017 = 2+0+1+7= 10=1))
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